Semana da Consciência Negra: As Cores da Consciência.
Foto: material de SINTEPE. |
Em 20 de novembro de
1695, morreu o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi. Ele lutou até à morte
contra a escravidão e na defesa de sua comunidade e direitos de seu povo.
Daí 20 de novembro ser uma homenagem
póstuma e a data receber o nome de Dia da Consciência Negra.
Em 9 de janeiro de
2003,através do projeto de lei nº 10.639 foi estabelecido o Dia da Consciência
Negra, mas somente em 2011 a Presidente Dilma Roussef sancionou a lei 12.519 criando
a data, sem obrigatoriedade de feriado. Mas 780 municípios brasileiros
consideram feriado o dia 20 de novembro.
A Semana da Consciência
Negra, no âmbito escolar, exigida em lei, visa levar os educandos à reflexão
quanto à contribuição da cultura negra e o seu impacto na cultura e formação do
povo brasileiro. É algo extraordinário o quanto a presença do negro na
sociologia, antropologia, economia, gastronomia, religião e outras tantas áreas
do conhecimento e manifestações marcam e erguem nosso povo e o mundo como um
todo. Mas fora do muro das escolas, cabe ainda à sociedade refletir o quanto
somos iguais e a pigmentação é apenas um detalhe. Negro não é cor: negro é
raça. E graças a essa raça é que se fez o Brasil. E saliento que não concordo
que cor define raça!
A notoriedade do negro
não pode ficar aos poucos exemplos expostos de sucesso e evidência, na mídia,
principalmente, como Joaquim Barbosa e sempre Pelé.
A data é um
merecimento, mas não uma conquista plena ainda. Vejamos nas novelas e filmes
nacionais como os negros são caracterizados (poucos tiveram destaques até
então), quantos artistas, políticos e atletas negros são conhecidos e
respeitados? E a questão da cota racial? E quanto à disparidade socioeconômica
entre as populações afrodescendentes e as demais? São tantas as indagações e
perguntas sem respostas.
A Consciência não
deveria ter uma cor determinada e nem dia marcado. Ela deveria ser vivenciada e
aplicada a cada dia, dentro e fora dos âmbitos escolares, nas residências ou nas
instâncias dos três Poderes e qualquer lugar que levasse as discussões de
mudanças, a fim de apresentar condições de igualdade entre os povos, no que se
refere ao respeito e ao combate às discriminações. Hoje, a meu ver, a reflexão
quanto à Semana da Consciência Negra são de combater o medo e o preconceito
latente nos aspectos culturais diversos, procurando nas consciências de cada
grupo humano o fim de certas intolerâncias.
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