A pergunta que fiz hoje: Estudar para quê?

De uma coisa tenho certeza: Cada ano de estudo, a formação superior (e nela Especialização e Mestrado - falta o sonhado Doutorado) e as experiências profissionais que adquiri foram por méritos e esforços. Se um dia estiver numa posição social de destaque,no pessoal e no profissional, tenho certeza que será fruto de esforço. Mas isso só terá valor quando o reconhecimento for, de fato, pelo mérito do trabalho, e do estudo (formação) principalmente. É inadmissível ver meus anos de estudos e qualificações sendo desperdiçados, quando pessoas despreparadas e sem nenhum peso acadêmico ou profissional, ganham mais que eu e são colocadas em cargos/funções sem nada de bagagem. E aí poderia dizer: de nada adianta anos de estudo (graduação, especialização, mestrado...), se uma indicação qualquer não leva em consideração o peso de meu Currículo. Mas afirmo: valeu apenas ter lido milhares de páginas de diversos autores, de ter comprado centenas de livros (e lido) e ter ido buscar conhecimento.
O lamento é apenas pelas injustiças ao longo de tantas jornadas. Mas o meu bravar é maior que qualquer lamento, é um grito de quem tem orgulho de noites mal dormidas, de dificuldades financeiras para cumprir com os estudos e de uma pessoa que sente-se vencedora até nas derrotas, que não precisou até agora 'puxar saco', 'se vender' para ter alguma oportunidade de emprego/trabalho.
Aprendi que o conhecimento é minha maior riqueza e nessa riqueza pessoal e intransferível acumulei leituras e amigos. E quero aprender mais e mais com as pessoas e os livros.
Aqui não falo somente por mim, mas por qualquer colega/amigo/profissional que sentiu/sente na pele o que é estudar e esforçar-se e de repente não sentir o valor do reconhecimento e crescimento profissional. Nunca quis ou quero status, quero ser valorizado como profissional e no financeiro. Mas vejo que, sendo professor, nesse País fica difícil ter certos desejos atendidos.

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