Carnaval: da origem à nostalgia que não veremos jamais! - Parte 2

A tradição de um Carnaval é manifestada todos os anos das mesmas formas. Pessoas nas ruas, nos clubes e espaços destinados aos festejos que se complementam com adereços e novos hits. O que diferencia,às vezes, o Carnaval é patrocínio. A festa do povo e para o povo é revertida em negócio. O marketing cultural tem seus atrativos também...

E nos contentamos com a mesma festa através das troças,blocos, avatás, bailes de máscaras e Sambódromos. Na TV,o festival de bundas e bandas. Na música, tudo e o nada nas letras fazem o povo saltar do 'chão'. E 'pisa o pé no chão' também. E o frevo ainda vive,ainda bem...

Persisto ainda no "Abre alas" da Chiquinha Gonzaga (1899):
"Ó abre alas que
eu quero passar
Ó abre alas que
eu quero passar.
Eu sou da lira não
posso negar
Eu sou da lira
não posso negar.
Ó abre alas que
eu quero passar
Ó abre alas que
eu quero passar.
Rosa de ouro é
que vai ganhar".
E "A Jardineira", de Benedito Lacerda e Humberto Porto, de 1938?

Ó jardineira porque
estás tão triste
Mas o que foi que 
te aconteceu
Foi a camélia que
caiu do galho
Deu dois suspiros
e depois morreu.
Vem jardineira vem meu
amor
Não fiques triste que este
mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu".

E Haroldo Lobo e Nássara,em 1940,vieram com "Allah-lá-ô,ôôôôôô";
"Mas que calor, ôôôôôô
Atravessamos o
deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara
Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar.
Allah! allah!allah,
meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah!meu bom allah".

E depois nos salve Beth Carvalho e uma minoria que ainda fazem nossoS ouvidos e pés vibrarem,mesmo sem saber um passo. Vez enquando a Beth e outros bambas dos sambas nos fazem ter um bom presságio de um Carnaval.E a Beth toca mais no Réveillon do que no Carnaval,meu Deus! Allah,meu bom allah!  E também vem Alceu, "o diabo loiro apareceu na minha frente". Depois nem dar para arriscar com tantos mais cantando algumas músicas que 'pegarão' no Carnaval.

E de tempos recentes, poucas foram as melodias que me fizeram vibrar (com os dedos para cima em ritmo) e entrar no clima quente (ou chuvoso) do Carnaval. Que o diga a inesquecível "Explode coração na maior felicidade é lindo o meu Salgueiro..." ou nesta noite de segunda-feira,diretamente do Sambódromo do Rio de Janeiro com "Tem bububu no bobobó. Sem sassarico é o ?ó? (bis) Bumbum de fora, pernas pro ar Bravo! A São Clemente vai passar"



O que faz falta no Carnaval que nunca mais teremos e que nunca iremos vivenciar?

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