FUTILIDADES MIDIÁTICAS - Parte 2

Revista CARAS me faz sentir uma indignação interminável: artistas em viagens paradisíacas ou em castelos de conto-de-fadas. E o povo sonhando, com bolso e barriga vazia. Eis uma exemplo de tamanha futilidade impressionante, mostrando um mundo distante da realidade de quase toda a população.
Tudo vira notícia, tudo é motivo de exploração. TV e impressos lucram, vendendo notícias escandalosas, fotografias maquiadas e, principalmente, celebridades instantâneas.
Onde vamos parar com tanta hipocrisia e falta de respeito às pessoas? A indústria do entretenimento cria um espetáculo para cada informação. Criam mocinhas, mocinhos e bandidos. Constroem e desconstroem padrões de comportamentos. Ditam costumes muitas vezes surrealistas e alienam pessoas que não podem atingir status de dignidade sociais, coisa que deveria ser de direito.
Posso até ler uma dessas notícias instantâneas sobre a Lady Gaga ou até os 10 kg a menos da Ivete, posso até ouvir nas rádios e assistir na TV, porque sou vítima dessa tendência da mídia. Mas em nada interferem em minha vida, já que os artistas nunca saberão quem sou. Também não irei me preocupar se hoje a Débora Secco fará outra tatuagem para um outro amor eterno ou simplesmente irei me sensibilizar se algum ator negar violência contra ex-namorada e ser condenado por tal prática. Nem quero saber se atos criminosos de artistas e esportistas terão que virá conversa em roda de amigos. Só quero saber: até onde essas informações nos darão mais bagagem de conteúdo e intelectualidade?
Enquanto existir holofotes, microfones, câmeras e público que consome tais informações, haverá sempre um 'circo armado' para tirar alguém do anonimato e colocar no anonimato quem não serve mais.

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