Mudança de direção

Meu pai sempre fez o que quis. Em diferentes épocas, foi marinheiro, açougueiro, fazendeiro, inventor, paisagista, empreiteiro. Fui criado acreditando que trabalho era qualquer coisa que se quisesse fazer. Supunha que sempre que a gente resolvesse mudar de ocupação, bastava iniciar uma nova. Portanto, enquanto outras pessoas precisavam ter coragem para resistir às pressões dos pais e realizar os seus sonhos, eu não tinha esse problema.
Quando disse ao meu: “vou abandonar a faculdade de direito e ser artista!”, ele respondeu: “se é isso que você quer, tudo bem!”.
Eu pintei retratos até os vinte e poucos anos, quando passei a me interessas pela “atitude positiva”. Nesse momento, decidi fazer da pintura a óleo um passatempo, não minha profissão, e comecei a ganhar a vida dando seminários de desenvolvimento pessoal. Quando estava com quase 30 anos, comecei a escrever livros e – para ilustrá-los – me tornei cartunista. Atualmente, passo a maior parte das horas de trabalho dando palestras e participando de convenções. Esse é um sumário de minha própria existência e serve para ilustrar uma preocupação.
Fico chateado porque nem todos vêm a possibilidade de trabalhar no que gostam. Para encontrar sentido e
interesse no trabalho, a gente precisa seguir o coração Eu acredito nisso e é isso o que eu vivo...
É claro que muita gente prefere ter uma única carreira...
Porém, o que me assombra é ver tanta gente trabalhando no que detesta e, freqüentemente, usando desculpas esfarrapadas... O que é pior, muitos acabam seguindo uma carreira escolhida ainda na adolescência – ou o que é pior ainda, escolhida pelos pais - e passam a vida fazendo o que não querem... Será que não está na hora de rever esses conceitos e seguir seu coração?

(texto de Andrew Matthews no livro "Siga seu coração")

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